Nau fantasma...

Que droga é essa tal inspiração...!

Jamais pode injetar-se na veia,

Nem chega pela aracnídea teia,

Oxalá! Vive ao juízo da conspiração.

Ao acaso vem a douda angústia...

Restos mortais do moinho-de-vento,

Outras coisitas torpes do convento,

Bendito ego dos poetas das Astúrias.

In vitro, negro eclipse nas órbitas...

Nau à deriva no horizonte da poesia,

Onde Pero Vaz caminha jaz em óbito!

Enfim, roteiro da musa controversa,

Alheia ao que está além-maresia...

Tirando fuligem da usina de versos.

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 01/10/2016
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