Travessia da alma

Num beco sem saída é que eu me encontro.

Esbarro, enfrento em frente, os paredões

Do meu passado e logo me amedronto

Com minhas surreais assombrações.

Não há provocação, não há confronto...

Só há o medo, o susto, as emoções...

Tento escapar, mas, logo me desmonto,

Pelas sarjetas das desilusões.

Minhas lembranças - cães - me perseguindo;

Dores, tristezas e decepções...

... As vozes do passado me punindo...

.... Nos silêncios sombrios – escuridões –,

A consciência vai me consumindo,

Com meus fantasmas - minhas solidões.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 06/09/2016
Reeditado em 06/09/2016
Código do texto: T5751904
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