AMOR POUCO (soneto)

Num amor pouco, parco é o afago

É não saber quão bom é o presente

Assim, poder a alma estar contente

E ter por alguém um sorriso largo

Aí, fica tão carente do sentir quente

Perde-se do alvo do farejado frago

Têm-se na solidão o gosto amargo

E ausência do beijo, de repente (roubado)

Sem amor, saudade é vazio selado

Dos rumos da vida se é deslocado

É mergulhar na luz sem densidade

E neste universo do eu tão calado

Desta redoma de um olhar isolado

Amor pouco, é ter-se pela metade

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

22 de agosto, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/08/2016
Reeditado em 06/11/2019
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