SONETO À GOIÁS

Saudação cerrado! Bom dia alvorecer!

Ouço o vento árido numa brisa quente

Que vem do planalto numa só vertente

Circunvalando os galhos num retorcer

Ipês amarelando o chão, ali cadente

Que divinal, a arte do desigual a ser

Numa beleza que o diverso é prover

Dum céu apinhado de estrela luzente

Boa noite! Pôr do sol da cor do açafrão

Da caliandra que enfeita todo o sertão

Onde a gente vai do cinzento ao lilás

Águas cascalhadas, de som e canção

Timbrando o capim santo em exalação

Numa superfície, num só lugar: Goiás!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

agosto, 2016 - Cerrado goiano

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/Lr9kXSdYPRs

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/08/2016
Reeditado em 06/09/2021
Código do texto: T5737078
Classificação de conteúdo: seguro