Vazio e frio.

Em prantos deixo minha alma sangrar em labirintos

Retratos mortos em paisagens frias e entorpecidas

Em desejos insanos que em sofreguidão, andam

Pelos róis inexistentes dos momentos infindáveis

Voam assim os dias que me desesperam e morrem

Neste cotidiano que não foge ao natural cadenciado.

Estradas contaminadas continuam a minha frente

Envolvendo frutos e ilusões que não se apagam

Mistérios fúnebres a caminhar nas horas lentas

Em agonia voam os pássaros em redor dos ninhos

Que o vento uivando estraçalhou sem dó e piedade.

Em minha memória os resquícios dançam, a dança

Do macabro esperado, que ao vento depredando.

Vai pelas alamedas do inconsistente vazio e frio.