Rabo alheio

Olhando as vezes certo desempenho,

Sem lógica, sem medo, sem cansaço...

Eu quero ter aquilo, mas não tenho!

Quero fazer aquilo, mas não faço!

Alguma coisa ousada até desdenho!

Se é tosco ou diferente até rechaço!

No entanto, é só inveja que detenho,

Por conta desse meu mortal fracasso! ...

O dedo tolo em riste até mantenho,

Mas, sempre quis estar naquele espaço.

O preconceito é intenso, até ferrenho...

Queria dar um arriscado passo;

No entanto julgo, afronto e até condeno

E apenas minha vida eu estilhaço!

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 05/08/2016
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