RESTA UM...
Resta um sol debruçado na alvorada
A sonhar seus novos raios dissipar
Sobre o solo fustigado, à Pátria amada
Resta um dolo de aliança a decifrar...
Resta um broto que do chão já foi ceifado
Resta um rio cujo meandro se perdeu...
Resta um dia que sequer fora pensado!
Resto um corpo esquecido que morreu.
Resta um fogo que em pira é queimado
Nenhum meio de vencer na multidão
O anseio do querer abrilhantado
Resta a todos: o de viver num novo chão.
Resta um fio de esperança esticado
Castigado... por ousar sonhar em vão.
Nota da autora: em sincera homenagem ao que nos resta.