SONETO EM PRECE

Chia o dia na vida afora o muro

Num barulho no seu vai e vem

Tinindo o relógio o som também

Num soar seco e deveras duro

Passa a hora e no tempo refém

As saudades, realidade e futuro

E nesta velocidade fico inseguro

Aí eu me agarro no que se tem

Parto em busca do que procuro

Nada sei e não é nenhum desdém

Pois, como cego trilho no escuro

E nesta de cair, levantar, ir além

Vou com fé e prece, então, aventuro

Assim, quem sabe, diga: Amém!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

01 de agosto, 2016 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 01/08/2016
Reeditado em 06/11/2019
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