Oásis longínquo...

Raízes como se fossem pedras-duras

Vocábulo em vão da ave-aventureira

Serpes da madruga na ode derradeira

Senão, anjos noturnos sem armadura

Todas escribas em papiro-de-fogo

Papiros achados ao além-iceberg

Nas dúvidas o estandarte se ergue

Afoga-se a foca com água de coco

Jamais cântaro aberto ao Corifeu

Que morreu de tédio no deserto

Nada de esqueleto do conde d’Eu

Ó insólito menestrel na miragem!

Tão inútil quanto o verbo, decerto

Indo Fhilomena nua sem bagagem

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 10/07/2016
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