SUSPIROS (soneto)

Um pesar tão mais saudoso, assim, não vejo!

Um vazio no silêncio, barulhento, sem pudor

De tão é a infelicidade, que terebrante é a dor

Que vagar algum pode ofuscar o tal lampejo

Dias rastejam, noites em romarias no andor

Da angústia, que enfileiradas num cortejo

Levam preciosos instantes, pra num despejo

Jogá-los ao luar, sem quer um pejo, amor

Ah! Que bom seria, eu ter qualquer traquejo

No dom da oração, e me ouvisse o Criador

Através do meu olhar, rogando por ensejo

Essa saudade tão mais triste, ainda é clamor!

Inda estão nos versos que no poetar eu adejo

Tentando recreio, para os suspiros transpor

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Julho de 2016 – Cerrado goiano

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https://youtu.be/4cx2NrUrAfc

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 04/07/2016
Reeditado em 04/07/2023
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