O PRIVILÉGIO

Em dúvidas constantes, meus dias entrelaço;

Alterno insólita lucidez e desvairado desatino;

Ergo castelos de areia e caminho em gelo fino;

O cérebro e o coração abusam do meu cansaço.

Entre ímpeto e precaução, preparo meu destino;

A razão vem reprimir as loucuras que eu faço;

A emoção bule a adrenalina e do corpo faz palhaço;

Percebo o quanto sou frágil e deveras pequenino.

O pecado adocica com o sabor da tentação,

Zomba da fé e lança o veneno da hesitação.

Confunde a bússola de o caminho a seguir...

Mas Deus onipotente mostra a sua perfeição,

Empresta-nos a consciência e norteia a emoção,

Oferecendo-nos o divino privilégio de decidir.

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