Tarja-negra na hediondez

Hoje me atrevo à nave-hedionda meio desajeitado mas, aproveito o ensejo e deixou-o como homenagem ao meu amigo Poeta Carioca. Este sim! O Lord Hediondo!

Cá insepulto-me arrimo de cemitério

Se herói ou bandido, vai tudo natural

Este ramo da oliveira jaz cousa banal

Por isso mesmo: fujo logo do império!

Em fuga, eis a nau com minha ossatura

Do juízo: todas tarjas fora do compasso

Inda versos inúteis na bula que amasso

Acaso falte fel, tiro o mel da pedra-dura

Contudo, ouço a sinfonia dos corvos

Hienas dilaceram as minhas vísceras

Gritaria inaudível d’alma em estorvos!

Romarias já fiz amigado com o gado...

No meu rosário jazem contas míseras

Ó leitor que aqui chegou mui obrigado!

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 25/06/2016
Reeditado em 25/06/2016
Código do texto: T5677930
Classificação de conteúdo: seguro