MEUS VERSOS
 
Por que em meus olhos, tristeza tamanha
A emoldurar minha face entre brilhos ?
Em cada olhar que em mim se acastanha
Nascem na orfandade, meus filhos...
 
São versos que entoam seus choros
Ao romper da alvorada de luzes...
São anjos celestiais, etéreos, em coros
Num lamento a cultuar-me nas cruzes
 
São versos de intenções sepultas
Nos abraços onde quimeras ocultas
Se entrelaçam numa dor sem fim
 
Mas que em meus braços, são doces crianças
No embalo de tenras esperanças
Que adormecem inocências em mim.