SONETO DO MEU EU

Em busca do meu eu, muito errei

Noite a dentro, adentrava em prece

Tolo fui eu, pois a vida acontece

E por muito querer, muito eu andei

Neste dilema o silêncio foi solitário

Achei areia e cascalho sob os pés

E nas procuras tive prazer e revés

Mas sempre nostálgico no itinerário

Fechei os olhos, e ao amor poetei

Pois a poesia tornou-me alicerce

E nos vários temores me encontrei

Tive fala de saudade no meu diário

A cada pôr do sol tentei ir através

Mas fui operário no meu eu arbitrário

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

01/06/2016, 03'16" – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 01/06/2016
Reeditado em 03/11/2019
Código do texto: T5653433
Classificação de conteúdo: seguro