NA PRAÇA DA LITERATURA

E o poeta enclausurado assassinou a loucura
Cansou de madrugadas e versos ao relento
Quer bradar ao mundo todo este sentimento
Com letras lapidadas de lirismo ou amargura

Bendita! Porção onírica... Que n’alma perdura
Resilientes vozes consagram este momento
Destemido condor no âmago do pensamento
Um despertar feliz dentre gritos e brandura


Aos acordes duma viola dedilhando liberdade 
Na declamação lacrimal desta verve que chora
Onde loucos pensadores semeiam imortalidade

Ó! indelevel poesia que renasce a cada aurora 
Aniquilando 
a tristura dos corações da cidade
Poemando de sonhos o amor que à vida implora!



Fábio Ribeiro