Invejo da noite a fria indiferença
Invejo da noite a fria indiferença
Que nada abala seu sereno instante
Invejo o desapego viajante
Que não mantém no espaço sua presença
Invejo o sol, forte de nascença
Em euforia sempre radiante
Invejo impetuoso vento errante
E da morte invejo a dura sentença
Invejo tudo aquilo que não sente
Assim como eu, dor de gente
Não ter porque sorrir ou porque chorar
E assim não terminar aos pedaços
E em prantos dar o adeus o ultimo abraço
Ver quem amamos partir e nos deixar