A minha vã caçada

A manada na estrada maltratada

Pelo tempo em lamento pachorrento,

Segue ao léu do cinzento céu ao vento,

Entre a espada quebrada e estilhaçada,

E o som em cada tom de trovoada,

Impõe o sofrimento do momento

Que o alimento escasseia no sustento

Da boca castigada e sufocada.

A pairar no lugar começa o ar

Suspenso no silêncio imenso e tenso,

No segredo do cedo olhar de medo;

E a continuar a andar a procurar

Penso e retiro um lenço e me convenço,

Que o medo é o meu brinquedo nunca ledo!

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 05/03/2016
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