Soneto Decadente

Ao longe teu estandarte sangrento

Ostenta a célebre marca dos caídos

Guiando o cortejo já sem tempo

Pelas vielas sujas do infinito

Nada urge, e o vento ruge rude

Nas profanadas criptas do esquecimento

Assim como vós a voz ouvistes

O ouço pairar como infindável lamento

Crescem em tuas entranhas estranhas

Desespero, desamor e corrupção

Decorando os corredores de uma alma sem salvação

Na branquidão da manhã, haverá tochas por entre a neblina

A procissão descrente crescerá com os renegados

Abraçando-se forte com túnicas de arame-farpado...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 14/12/2015
Reeditado em 14/12/2015
Código do texto: T5479863
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