6067-SONETO À VERDADE [2º DA SÉRIE] - Noneto-Poético-Teatral Nº 21-Soneto - Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil(*) Comentando [Rastreando a Verdade] [II] De Klinger Sobreira de Almeida.
6067-SONETO À VERDADE [2º DA SÉRIE]
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Noneto-Poético-Teatral Nº 21-Soneto nº 6.067
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil(*)
Comentando [Rastreando a Verdade] [II]
De Klinger Sobreira de Almeida.
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klinger sugere -regra da VERDADE-
o pensamento traz ação mental;
[PENSAR] vincula-ter razão, vontade-
o [livre-arbítrio, escolhe o Bem ou Mal.]
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[Prudência e calma] chegam com a idade,
porque [ESPERAR] projeta a fé total,
momento há de vir sem ter vaidade;
quem planta, colhe fruto bem real.
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O popular adágio diz que a pressa,
não nos permite ter final perfeito;
todo projeto cumpre bem promessa...
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[JEJUAR] faz bem, joga fora o espinho;
falar VERDADE dá-nos bom proveito!
A disciplina humana é um bom caminho.
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Belo Horizonte, sexta-feira, 13 de novembro de 2015.
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(*)Soneto-Clássico-sáfico- heroico; com sílabas fortes//
na 4ª, 6ª, 8ª; 10ª sílabas Rimas: ABAB, ABAB,CDC, EDE;
Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético:
CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais apenas.
SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais.
(Noneto musical criado por Villa Lobos)
(Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta)
Mensagem conclusiva no 14º Verso( Último do segundo terceto).
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http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5455617
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Rastreando a Verdade (II)
- Pensar → Esperar → Jejuar -
Sidarta, personagem de Hermann Hesse, perplexo diante das mazelas do mundo, cuja realidade divisara tão somente na juventude, entrou em crise existencial. Contrariando os pais, tomou uma decisão radical: abandonaria tudo e tornar-se-ia um Samana. De tanga, foi viver com os ascetas. Orientado por idoso Samana, exercitou-se na desindividualização e na meditação. Jejuou, passou fome, sede e frio. Suportou dores cruéis. Fez-se dono das emoções. Praticou o trânsito da alma fora do corpo, alcançando o ápice. Apesar de tudo, revelava-se insatisfeito... E partiu. Vivenciou Buda, mas a crise existencial persistiu. Fez-se andarilho e, de certa feita, aportando a uma cidade, deparou-se com uma mulher de beleza e sensualidade incomparáveis. Apaixonou-se. Kamala, a fascinante, acolheu-o e deu-lhe prazer, mas o dispensou, mostrando-lhe sua condição de Samana paupérrimo, sem futuro. E ela, cortesã, vivia de luxo e muito dinheiro. Rejeitado, Sidarta retrucou: - Voltarei e dar-lhe-ei luxo. Ela riu: - Como? Você, um simples e miserável Samana! Não dispõe de nenhum bem. Ele: - Retornarei rico. Sei Pensar, Esperar e Jejuar. E partiu. De humilde empregado do comerciante mais rico da região, Sidarta adentrou nos segredos do negócio de compra de cereais, multiplicou a riqueza do patrão, ganhou-lhe a confiança, tornou-se sócio. Em pouco tempo, era um homem rico. Voltou para Kamala.
Pensar é trabalho mental. É mente em exercício: garimpando, prospectando, projetando, concebendo, criando, devassando, inventando, inovando... Pensando, a mente vai do finito ao infinito, circula em espiral, rompe limites... Clareia as veredas... Põe-se em condições receptivas à intuição, escancara seus canais ao inconcebível. Pensando, a inteligência entra em ebulição, agiganta-se.
Ao pensamento, vincula-se a vontade. Ambos, potências da Alma. Aquela engendra; esta, na ação, dá concretude. Na gênese do pensamento, fazendo o liame, atua outra potência que direciona a mente para o bem ou para o mal: o livre-arbítrio. Cabe ao homem, escolher: ascensão, via Lei do Amor; ou descenso, Lei das Trevas. É a liberdade na construção do destino. Quem pensa, mas não tem vontade, permanece no campo dos sonhos. Quem não pensa, é um joguete da vida, ou um rastejante na estrada.
A realização dos projetos do pensamento, por mais firme que seja a vontade, requer prudência, paciência, calma... É o esperar. A pressa, reza o ditado popular, é inimiga da perfeição. O açodamento na concreção dos projetos mentais pode ser fatal.
Quem se propõe a edificar – implementar sua concepção mental, ou mesmo seu porvir - tem de adubar o sítio, semear e cuidar com carinho. Na construção do projeto, impõe-se, via de regra, dedicação exclusiva e integral. Abstenção do que se gosta. Recusar o fugaz até com sacrifício. Abster-se é jejuar. Jejum de prazeres mundanos, viagens, divertimentos, lazer... O momento há de chegar.
Pensar→Esperar→Jejuar. Esta trilogia, Verdade incontrastável, leva ao êxito. Mas, para conhecê-la e praticá-la, há um caminho de disciplina interior.
Klinger Sobreira de Almeida – Militar Ref/PMMG, membro ALJGR
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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2015/11/blog-post_74.html