DE REPENTE, RESSONHANDO...

No mesmo relento- pulso –me!- em sonhos intangíveis

Ressonhando aos meus meandros o impossível de trilhar

Fujo do doce inventário de nuanças inconcebíveis!

Que qual força de mistério teimam em se fazer sonhar.

Sonho rimas de espera num compasso de indulgência

Que por ora sentencia-me do que não se pode ter

E num sonho montanhoso de escalar forte "querência"

Tombo em verso a negligência na planície do prazer.

Assim lanço o meu sonhado ao enlace dum abraço

Silencioso aconchego de energética redenção

Que da vida se desprende qual um verso decadente

A procura de igual rima para estender a sua mão.

Do mais elevado pulso dos meus sonhos tão querentes...

Eis meus versos, de repente, vindos pela contra-mão.