COMBUSTÍVEL para a VIAGEM

Correm os dias tocados pelos dedos do Artista

e tudo, as coisas e os sentimentos, recebe o número

na voz do pássaro. O que foi e não tem volta

permanece guardado pelo sapo que ostenta

anéis mágicos nos dedos.

As pedras sabem o que é sentir.

Os pássaros irresponsáveis!

mostram ao mundo como é sentir.

Raios cravados na praia carnefestiva

são o portal do motel eterno.

Meço as estrelas pelo óleo no motor.

Com a rosa pulsante do sexo feminino

na mão e na estrada, colho entre o pássaro

e o mito, o combustível para a viagem.