Versos para ti

Na pavorosa noite à meia lua dos dragões

Caminhas pela campina entre ramos delgados

Ventos arrefecidos sangram tua face

Na direção do rio caminha minha sombra

Nem água, nem pedras, nem ondas

Apenas uma rota para o relâmpago

Caminhas tu por terras desabitadas

Tua sombra sólida como a superfície do abismo

Onde encontraras o caminho

As veredas de tua morada luminosa

Versos para ti esperam tua chegada.

Em que armazém de granito tu chegaste

Levanta tua voz até as nuvens e grita meu nome

Abro meus lábios e por amor minha língua responde.