Rumos

Não, não mais eu quero – eu juro! –

lançar-me aos arroubos dum romance,

pois que não mais há em mim o que se lance

a um amor adolescente e puro.

Não, não é meu coração mais duro

que um diamante que na terra descanse,

mas já não mais existe nele o velho alcance

de ir pr’além e se fazer seguro.

Que pelos mares minha nau balance,

e pelas nuvens minha nave dance,

no dia claro ou no tempo escuro;

mas que meu peito não se afiance,

que olhe só de esguelha, de relance,

e siga em frente, rumo ao futuro.

SET/2015

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 30/09/2015
Código do texto: T5399951
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