Até aqui

Eu poderia rejeitar minhas memórias, apagar as poesias que escrevi.

Mas não seria justo, não seria justo com meu coração teimoso, que aprendeu o que é o amor.

Não seria justo com minha mente insistente, que entendeu os pensamentos que deve ter.

Não seria justo com meus ouvidos, que agora sabem diferenciar o verdadeiro do enganoso.

Não seria justo com meus olhos, que descobriram a real beleza e a sabem distinguir a quilômetros.

Não seria justo com meus lábios, que aprenderam a sentir o zelo.

Não seria justo com minhas mãos, que agora sabem tocar o motivo da paixão, da alegria constante.

Não seria justo com as noites dormidas, que agora são palco dos sonhos mais reais.

Não seria justo com o tempo, que agora sabe que não passou em vão.

Sara Enilorak
Enviado por Sara Enilorak em 08/09/2015
Reeditado em 08/09/2015
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