Até aqui
Eu poderia rejeitar minhas memórias, apagar as poesias que escrevi.
Mas não seria justo, não seria justo com meu coração teimoso, que aprendeu o que é o amor.
Não seria justo com minha mente insistente, que entendeu os pensamentos que deve ter.
Não seria justo com meus ouvidos, que agora sabem diferenciar o verdadeiro do enganoso.
Não seria justo com meus olhos, que descobriram a real beleza e a sabem distinguir a quilômetros.
Não seria justo com meus lábios, que aprenderam a sentir o zelo.
Não seria justo com minhas mãos, que agora sabem tocar o motivo da paixão, da alegria constante.
Não seria justo com as noites dormidas, que agora são palco dos sonhos mais reais.
Não seria justo com o tempo, que agora sabe que não passou em vão.