A vida nos consome entre os dedos
A vida nos consome entre os dedos
Com jugo tão severo e desumano
A esperança esvai de ano em ano
Edificando o fim do vil enredo
E vai alimentando os nossos medos
Transbordando na alma um oceano...
...de dores, depressões e desenganos
Como quem puxa as cordas de um brinquedo
Porque ó Deus a vida é linha dura?
A nos moer com toda sua rudeza
Se é este campo fértil de tristeza
Seremos mais feliz na sepultura
Desdenho esse engodo, essa baixeza
E anseio de uma vez a cova escura