O AMOR DO TEMPO DE CRIANÇA

Deixaste-me, de amor, ao abandono,

E assim por ti fartei-me de chorar,

Eu parecia então um rei sem trono

Que em lágrimas nadava por te amar.

Queria ser do peito teu o dono,

Porém o preço caro de aceitar

O fim do teu amor (do meu abono),

Forçou o coração meu a sangrar!

Eu pensei que seria então feliz,

Pois sempre foi aquilo que mais quis,

Já que significavas a esperança

Que tive, como um infinito sonho,

Do qual jamais na vida me envergonho,

No meu passado tempo de criança.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 15/07/2015
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