Brisa, vento, ventania

Gosto do vento leve reticente

Acaricia a grama que se dobra

Canta canções no tempo tão silente

Enquanto a flor energia recobra.

O vento já passa como quem fala

Passa depressa como quem se cala

Conta longa história, como um delírio

Zomba da condição do nobre lírio.

Às vezes, vem muito forte e uivante

Não respeita o limite do horizonte

Delira, é forte e bem desafiante.

Subverte sonhos, percorre o monte

Sopra pelos caminhos, sem lamento,

Mas volta a ser o espontâneo bom vento.

Lindita
Enviado por Lindita em 18/06/2015
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