AMOR IMATURO

 

Sob juras contemplei um terno amor

e acomodei no peito comovida...

Uma paixão ardente e decidida

em repousar em nós o mesmo ardor.

 

Hoje restou somente a triste dor,

por cada frase dita irrefletida;

tolices ferem a alma reprimida,

como punhal, ferindo-a com furor.

 

Mas fiz do desencanto o meu degrau

e da esperança a luz da nova nau,

para singrar nos mares do futuro.

 

Agora me permito florescer,

esqueço desse amor que fez sofrer

meu coração, por ser tão imaturo!

 

(Interação ao belíssimo SONETO DO AMOR MORRENDO, de PUETALÓIDE)

 

 

xxxxxxx

 

 

SONETO DO AMOR MORRENDO

(PUETALÓIDE)

 

Sepulta esse amor q'eu um dia jurei.

Que enamorado, à emoção, eu disse.

Como se tudo em mim existisse

Ou fosse verdade o q'eu proclamei.

 

Perdoa Querida... Eu me enganei!

Tudo não passou de invencionice,

De tola ilusão... De mera tolice,

O que, entre versos, a ti declamei.

 

Não deixes por nada seguir existindo

O que para nós desde antes é findo,

Ou nunca, jamais, existiu de verdade

 

E se algo existe, deixa ir morrendo,

Gradativamente... Desaparecendo,

E desaparecendo, sem deixar saudade!

 

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 01/06/2015
Reeditado em 21/05/2023
Código do texto: T5262030
Classificação de conteúdo: seguro