O mar que se interpõe à vida

À olho nu, só a superfície da verdade se ostenta

Há que imergir no mar que se interpõe a vida

Bem no cerne das correntezas que o destino alimenta

Atirando-se no curso das águas a clarificar uma saída

Inertes ficamos perante a temida imensidão aquosa

O tempo corre sem desvendar-se a verdade nos abissais

Abdicamos do teor de tal entidade quão misteriosa

Pelo menos nem os porquês exploramos nos mananciais

À margem estamos frente às contingências desse mar

Poucos mergulham seu ser nessa massa de fluxo natural

E nesse ínterim sequer desaguamos no rumo final

Em terra firme,vemos esse vulto aquático recrusceder

E o mar nos supera pela relutância em seguir sua liquidez

A gerar a catarse a livra-nos do complexo de pequenez

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 20/05/2015
Código do texto: T5248883
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