POR DO SOL
Odir Milanez
Venho de ver o ocaso do domingo,
quando, ao som do Bolero, de Ravel,
num sax sereneiro e choramingo,
alguém saudava o sol, de seu batel.
De nuvens não nascera nem um pingo.
As colinas, cobertas de ouropel,
pareciam penachos de flamingo
com coberturas místicas de mel!
Os bares batucavam danças várias,
copos cheios secavam, de repente,
vagavam vozes vãs, vozes hilárias...
Gente ao meu lado, em volta, à minha frente,
somente sendo as sombras solitárias.
Venho de ser ocaso em meio à gente...
JPessoa/PB
09.05.2015
oklima
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos à vida...
odirmilanez.blogspot.com
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