Quão pulcra, Tão formosa!

Ah!Que minh‘alma,pois, enlouqueceu!
Invadiu tua beleza  meus apagados olhos,
Que teu cerne,bem sabia, não era meu,
Chorou ,dentro de mim, fino orvalho...

Quão pulcra ,qu’a flor torna-se arremedo,
Na mágoa,imola-se com próprio espinho,
Ah!Insensível musa,arrancaste meu ninho!
Leva primavera breve,triste,tão cedo...

Do mais torpe pesadelo, meu desvario,
Sufocando -lhe com incontido açoite,
Arrancar-te infame beleza,tolo delírio!

Na lama,caído, amargo, sofrido pranto,
Apagaram-se estrelas na treva da noite,
Sorrindo suave,renasceu, em ti, o encanto!