Soneto do Prisioneiro
Ao seu olhar seria um “não sei”
Que muito a quer, sem entender o quanto
E sem saber se de fato é a lei
Que o meu coração tem que te amar tanto
Compreendo, já estou em suas mãos
Fico absorto nessa amabilidade
Não entendo essas tais jurisdições
As quais me trazem à felicidade
Prendo-me ao seu benigno perfume
Me solto, livremente, em outro mundo
E me tenho assim, meio, por completo
Tento entender este certo costume:
Sem seu perfume, me sentir imundo
Sem sua voz, me sentir incorreto.