AMOR PLATÔNICO
Neste instante derradeiro em que, partindo,
Saio desta vida triste e magoado,
Mesmo assim, meus olhos partirão sorrindo,
Como se eles nunca houvessem chorado...
E, apesar de tudo que eu estou sentindo,
Manterei o meu amor irrevelado,
Preso ao coração que, também já findo,
Descansa da dor que padeceu calado...
Enfim, não ouvirão desta minha boca
Que sempre lhe amei de forma tão louca,
Mesmo sem coragem para lhe dizer...
E, de mim, dirão: Nunca amou ninguém!
Que da solidão sempre fui refém...
Mas não saberão... Nem sequer você!