AMOR PLATÔNICO

Neste instante derradeiro em que, partindo,

Saio desta vida triste e magoado,

Mesmo assim, meus olhos partirão sorrindo,

Como se eles nunca houvessem chorado...

E, apesar de tudo que eu estou sentindo,

Manterei o meu amor irrevelado,

Preso ao coração que, também já findo,

Descansa da dor que padeceu calado...

Enfim, não ouvirão desta minha boca

Que sempre lhe amei de forma tão louca,

Mesmo sem coragem para lhe dizer...

E, de mim, dirão: Nunca amou ninguém!

Que da solidão sempre fui refém...

Mas não saberão... Nem sequer você!

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 26/11/2014
Reeditado em 26/11/2014
Código do texto: T5049154
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