Prenúncio -VII- Soneto Alentejo


Gotas de silêncio espreitam momentos unívocos
Descortinam-se o fragor dos novos paradigmas!
Singram amores desafiando ondas de armistícios
Debelando o inimigo que incitava seus estigmas.

Benigno silêncio que devolve a teia da serenidade
Agora sim posso sentar e trançar os fios do vento
Na varanda da saudade saboreio- doce alacridade
À noite chega e nossas bocas pedem acoplamento

O silêncio prazerosamente abraça a harmonia
Nossos corpos se aninham num intenso desejo
Suor borrifa o leito, nessa cabana, de Alentejo.

Quero viver o átimo de silêncios profundos
Rompê-los somente com  frêmitos gemidos
Ejaculando beijos de orgasmos  fecundos.