Se o pensamento é triste e o amor insuficiente
a vida enquanto canto insiste além da vida
sem que ‘feliz’ ou ‘triste’ em sonho recorrente
esgote a vaga música em mudez vencida.
 
E não há quem me explique o esdrúxulo presente
nos termos de seu gesto avesso a despedida,
durar que não comporta o ar de morta recente
que é tão sereno o canto ao qual só nos convida...
 
Há por agora um circo em tudo simulacro
de vida como o canto a quis em seu segredo,
um picadeiro hostil erguido em medo sacro.
 
A audiência é como a areia inúmera e passiva,
não deixará o espetáculo,julga ser cedo...
A multidão celebra,aqui,está bem festiva.





 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 07/11/2014
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