Enterro

Ela olhava tão fixamente o teto

O olhar distante denunciava dúvida

Não sei se estava ali pensando lúcida

Mas era um pensamento predileto

Decidi chegar a ela e ser direto

Temendo ser um pensamento trágico

Sentei-me ao seu lado, fiquei estático

Ato contínuo, sorri e fiz-me afeto

Ela me disse que pensava em nada

Mas errante revelou o seu desterro

Ao meu lado derramou-se agoniada

Tinha acabado de sair de um enterro

Não de um parente ou de uma pessoa amada

“D’um falso amor, que não suportou um erro.”

Gabriel Paixão
Enviado por Gabriel Paixão em 22/10/2014
Código do texto: T5007665
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