Um caixote vazio

Viver sem se importar com os outros

é como adquirir uma passagem

e não admirar a paisagem,

como lá para as Minas, ou ruínas, sem ser cego.

O ego é o absurdo da cegueira,

se temos cama, para que esteira (?)

o nosso gás é encanado e ali ao lado,

resolve um simples fogareiro a carvão.

Viver sem estender a mão,

sem ser cotó, que dó que sinto,

mas não do mendigo

mas de quem não tem amigos

e também não quer ter amigos,

quando o mendigo tem pelo menos o cão

e esse cão lhe é fiel.