EU... E EU!

Sonho tétrico repentino,

Levemente do corpo subindo,

Em aura celeste pairando,

Sobre cabeças envergadas...

Chorando, espargindo lágrimas

De dor, de sentimentos ternos,

Do carinho de amizades concretas,

E de certas falsidades diletas...

Que povoam nossos lares.

E desse plano superior eu vejo,

Os puros e impuros desejos,

Daqueles que me cercavam,

Rio desses risos, agora livre,

Dos que diziam que me amavam!

O último de meus sonetos...

Daqui há muitos anos, espero!

Urias Sérgio de Freitas