UM DOCE ADEUS
O tempo me mostrou o que não vi:
Guardados da minha alma - minhas joias -
Todas as emoções as quais vivi
Encantos, mil amores, paranoias.
São tantas sensações dormindo aqui
Que sinto que parecem-me jiboias
(Após a refeição do que senti)
Mas que flutuam como leves boias.
Ousei desse garimpo ser feliz
E fui, enquanto tive a vida em flor,
Hoje sinto a saudade que não quis.
Se fecho hoje meus olhos, não há dor,
E sim um doce adeus, pois não tem bis...
A vida que vivi plena de amor.
*GRATO, BELÍSSIMAS INTERAÇÕES:
PERDI-ME
Vivi da vida um ror de sensações,
gozei dos seus encantos e loucuras,
quando era ainda jovem, a alma pura.
O tempo foi passando e os senões,
a mim só me trouxeram desventuras,
a noite me envolveu densa e escura.
Não vejo mais o brilho dos teus olhos.
Perdi-me em um mar cheio de abrolhos.
(HLuna)
ABROLHOS
O tempo mostrou mais do que pedi!...
Mostrou-me a face feia dos abrolhos....
Mostrou-me mais que o mar que me sorri
Mostrou-me os abismos de teus olhos....
E hoje vivo assim, entre os refolhos
De toda essa tristeza que senti...
O tempo mostrou mais do que pedi
Mostrou-me a face feia dos abrolhos...
Se antes me perdi, por meus antolhos,
Sem ver a realidade que vivi,
Foi para não colher, da vida, escolhos
Foi pra não te perder que me perdi!...
O tempo mostrou mais do que pedi...
(Ângela Faria De Paula Lima)