AS ARARAS MÁGICAS

Que manhã é esta, que me deparas,

Tu que renasces no fim da madrugada?

Quando brotas toda iluminada,

solta nos céus os vôos das araras.

E elas ululam nas manhãs mais claras,

em bando sobre as asas da alvorada,

como um despertador em debandada,

como uma sinfonia das mais raras.

Nesta manhã que despertei-me cedo,

ouvi certo silêncio, como um segredo:

as araras mágicas não deram um grito.

Será que meus sentidos se apagaram,

ou os bravos ventos para longe as levaram,

E agora serão ouvidas no infinito?

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 07/06/2014
Reeditado em 09/06/2014
Código do texto: T4835593
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