Hidra
Se a virtude cortar suas cabeças
Tal hidra as peçonhas multiplicam
És górgona, teus olhos petrificam
Não há amor, assim que prevaleça
E as fúrias pérfidas se certificam
Que a cólera te revista e abasteça
Se a luz entre as nimbus resplandeça
A treva entre as nuvens intensificam
Ó mulher cruel, veste esse manto
Por baixo desse encanto não és nada
Então toma esse engodo por fachada
Tal cobra troca a pele, é teu encanto
Vai amargar ser fruto do meu pranto
As víboras do meu canto são pisadas