O povo da utopia mais singela
Dá seu destino ao filho duma mula
Velhaco da lorota e da balela
Babando por poder tamanha a gula.

O tino escasso dessa gente sela
De novo o seu futuro e capitula
À história mal contada duma estrela
Que aos poucos o sufoca e o estrangula.

O estranho é o mal por si que não espanta
Na pior de três um câncer que se instala
E espalha e o enfermo alheio apenas canta.

No fim talvez alguém por ele fale
Instantes antes de descer à vala
Talvez um ranço que orifício exale.




 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 22/03/2014
Reeditado em 14/04/2014
Código do texto: T4739156
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