Mundo vivente

Mundo louco de indiferenças

De falsos deuses e tolas crenças

A carne fraca pula se esgueirando

Nua catraca e seus desenganos.

Mundo omisso deixa tudo vago

A vida rola no desfecho abaixo

Dentro masmorras da existência

Vive-se o sexo e sua demência.

Montanhas no meio do caminho

Falsas miragens tortos desalinhos

Fulgores de momentâneos brios.

Mundo estranho e desconhecido

Sêres e seus dramas esquecidos

Mundo múmias e túmulos frios.

Mas rola fulia serpentina e riso

Na tentativa de um viver conciso.