ASCENSÃO D`ALMA
 
Semblante lôbrego, pranto recolhido entre as mãos.
Lagrimação torrente pelos sulcos da tez encanecida.
Guisa áspera que outrora esculpida em linha cálida.
Padece em estertor, afogando singultos ora em vãos.
 
Ó... ínfima esperança a embair açoitando o alvedrio.
Espectral egresso latente, mostra-se agora presente.
Haurindo o sofrimento que a muito resfolga algente.
Tardio como sois vento, à arvore afilo em fim sombrio.
 
Anuviar enegrecido, vestigial amor jaz aqui sucumbente.
Sepulcral atro a sufocar o aviltado coração em martírio.

Existência sublimada no éden... evo sentimento libente.

Tempo final... fenece em próvido exultar d`alma ínclita.
Revérbero divino, és graça sempiterna de força indômita.
Epitáfio grafado em surreição... lápide de paixão pubente.





ASCENSÃO D`ALMA - COLOQUIAL
 
Rosto triste, sofrimento recolhido entre as mãos.
Lágrimas escorrem pelas fendas da pele envelhecida.
Feição áspera que outrora esculpida em linha ardente.
Padece em aflição, afogando soluços ora em vãos.
 
Ó... mínima esperança a iludir chicoteando o livre arbítrio.
Fantasmagórico abandono oculto, mostra-se agora presente.
Externando o sofrimento que a muito repousa gélido.
Tardio como sois vento, à arvore sem folhas em fim sombrio.
 
Cobrindo de nuvens negras vestígios de amor que jaz abatido.
Sepultura tétrica a sufocar o desonrado coração em suplício.

Existência purificada no paraíso... eterno sentimento terno.

Tempo final... encerra-se em providente júbilo de nobre alma.

Resplendor divino, és graça infinita de poder invencível. 
Epitáfio escrito em ressurreição... lápide de paixão inocente.