SONETO DA PAIXÃO NÃO CORRESPONDIDA.


Enfim,vem ao meu encontro, profana,
de seu vél ebúrneo esvai meu pranto,
curvei por te,e vós minha ilusão afana,
quantas quimeras em meu recanto.


Olhai pela janela, sordido destino,
leva sob a garvaia o fio da navalha,
dócil dilacera este coração menino,
rasga,esmiuça,sinto que me retalha.


Oh musa! de seu ventre sai minha dor,
de seu sorriso toda minha desesperança,
sigo firme navegando no teu desamor.


Não há limite, quando o amor encanta,
em mim faz morada, a louca esperança,
único, salutar rémedio, que me acalanta.
Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 30/01/2014
Reeditado em 01/04/2016
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