Somente a noite

No meio da noite, sinto-me envolver

de sua antipatia, os raios tão gelados

eles que deixaram meu ser minguado

por querer te ver e morrer nesse querer!

Somente a noite ouve este meu brado

que estremece como deve estremecer

obras da Natureza toda que ao morrer

deixam sua alma em canto interminado

Mas, para que você me escute,

é necessário que minh’alma lute

com outros espíritos de mesmo destino

Até que minha alma depois da eternidade

volte a pátria da augusta homogeneidade

lugar aonde eu me perdi quando menino!

Ernani Blackheart
Enviado por Ernani Blackheart em 23/01/2014
Código do texto: T4661643
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