MINHA IDEIA
De onde vem a poesia da minha mente,
Se as páginas da ideia estavam nulas
Ou moravam ali palavras chulas
Que se tornaram puras de repente?
Uns dizem que só pode ser a sina;
Sim, deve ser a dádiva celeste
Fazendo-me fazer algo que preste,
Ao sabor da parábola divina.
Não sou merecedor da habilidade
Dada, fruto da etérea piedade
Por um ser que não tem a mente pura;
Em virtude do assalto do tormento
Disfarçado de nobre sentimento,
Talvez minha inspiração seja a loucura.