MORTO-VIVO
Morri. E os meus mortais restolhos podres
Vicejam com a energia circundante,
Uma mera parcela irrelevante
Armazenada em podres velhos odres.
Oh, terrível destino é ser zumbi:
Morto em meio às criaturas vicejantes,
Vivo ao redor das mais agonizantes,
Sem uma sepultura ou lar aqui.
Por que não me executa alguém que mata,
Perfurando-me o peito a bala prata
Que dizem desfazer a maldição?
Mas creio não ter fim o meu sufoco,
Pois o vazio aqui em meu corpo oco
É o da falta de um vivo coração.