Paixão selvagem
A noite trouxe as garras da pantera
e um rosnar sutil ao meu ouvido!
Seu corpo instigante e bem nutrido
saldou-me a ansiedade da espera.
Os seios, dois botões na primavera,
roubaram, da paixão, todo o vicejo,
enquanto a boca, prenhe de desejo,
me fazia refém da bela fera.
O amor, porto seguro da paixão,
livrou-se das comportas da razão
e misturou-se às águas da loucura.
Não fosse a manhã bater à porta
e restaria uma fera morta
por um poeta em transe de ventura.
É que a paixão insiste na procura,
ainda que o amor lhe abra a porta.
A noite trouxe as garras da pantera
e um rosnar sutil ao meu ouvido!
Seu corpo instigante e bem nutrido
saldou-me a ansiedade da espera.
Os seios, dois botões na primavera,
roubaram, da paixão, todo o vicejo,
enquanto a boca, prenhe de desejo,
me fazia refém da bela fera.
O amor, porto seguro da paixão,
livrou-se das comportas da razão
e misturou-se às águas da loucura.
Não fosse a manhã bater à porta
e restaria uma fera morta
por um poeta em transe de ventura.
É que a paixão insiste na procura,
ainda que o amor lhe abra a porta.