LIBERTAÇÃO
Estou preso em cadeias invisíveis;
Debato-me, mas prendem-me ainda mais,
E, tal como se fazem aos animais,
Afligem-me os açoites mais terríveis.
Meu desespero é o riso dos algozes,
Cujo intuito tirânico é perverso,
Ferindo-me até mesmo em meu verso,
Que se completam ao som de suas vozes.
Então, num ato heroico, eu me liberto
Guiado pelo instinto de estar perto
De outras atmosferas mais felizes;
E, assim que eu alço voo aos altos céus,
Agora, meus algozes viram réus,
Porque fugi por sob os seus narizes.